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segunda-feira, 31 de março de 2008

Filosofia



Art. II. Objeto da Filosofia

1. O conceito antigo de filosofia. - A palavra filósofo significa "amigo da ciência e da sabedoria", e é atribuída a Pitágoras. Entre os antigos gregos, a Filosofia era a ciência universal; abarcava quase todo esse conjunto de conhecimentos que agrupamos sob os nomes de ciência, de arte e de Filosofia. Esta concepção perdurou sensivelmente até a Idade Média, a partir de que as aetes, e logo as ciências da natureza, se destacaram pouco a pouco da Filosofia e conquistaram sua autonomia. Esta separação é hoje um fato consumado, e existe o maior interesse em distinguir claramente estes dois gêneros de conhecimentos que chamamos científicos e filosóficos.
2. Filosofia e Ciência. - A Ciência e a Filosofia não tem o mesmo objeto formal. Sem dúvida, de um ponto de vista material, Ciência e Filosofia se aplicam ao mesmo objeto: o mundo e o homem (objeto material). Mas cada disciplina estuda este objeto comum sob um aspecto que lhe é próprio (objeto formal). A Ciência se enquartela na determinação das leis dos fenômenos. A Filosofia quer conhecer a natureza profunda das coisas, suas causas supremas e seus fins derradeiros: visa, propriamente, em todas as suas partes, ao conhecimento do que ultrapassa a experência sensível (ou os fenômenos), e do que só é acessível à razão. Se, então, a Filosofia é verdadeiramente uma ciência universal, o é enquanto tende a conhecer, não tudo, como pensavam os antigos gregos, mas os primeiros princípios de tudo.
Vê-se, por conseguinte, que uma explicação cintífica não é uma explicação filosófica; nem uma explicação filosófica, uma explicaçaõ científica. Os problemas da ciência não são os mesmos da Filosofia: o encadeamento dos fenômenos, como a ciência os visa a descobrir, deixa intata a questão da natureza profunda das coisas, de seu valor e seu fim, e o conhecimento das essências, dos valores e dos fins não nos saberia dar a ciência das ligações fenomenais.

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